Olá, leitores e seguidores deste
modesto Blogue. Se estão à espera de um post com piadas e coisas muito
engraçadas, digo-vos desde já que não o vou fazer: vou quebrar com a linha que
tenho vindo a seguir, e vou escrever sobre algo sério e aproveitem bem, pois
será das poucas vezes que farei isto. Em 25 anos de vida – quase 26 –
nunca liguei muito a políticas, nem tão pouco tinha a chamada “consciência
politica”. Se calhar porque nunca a procurei ter, ou porque não me preocupava
com o rumo e as decisões que vinham a ser tomadas, de tal modo que exerci o
Direito de Voto apenas aos 21 anos. Se não o fiz antes, não foi por ser um
irresponsável, mas simplesmente pela tal falta de “consciência política” que eu
tinha. Sendo assim, comecei a votar nas eleições em que me sentia, de facto,
preparado para tal, contrariando alguns exemplos de adultos com 18 anos que
votam no que os pais lhes mandam. Mais do que a consciência politica, tinha,
acima de tudo, consciência cívica e isto é o que de mais importante falta nas pessoas
deste pais. É partir desta premissa que vou desenvolver tudo o resto.
Nos dias de hoje, como sabem,
vivemos aquele que será o período mais difícil desde o 25 de Abril. O que nos estão a fazer é
demasiadamente grave para eu ficar calado ou para o meu próximo não ter a tal
“consciência” que me faltou no passado. É preciso agir. A calamidade económica
e financeira atingiu um tamanho que, muito provavelmente, nos vai afectar a nós
e aos que virão. Nada do que o nosso “Governo” faz, faz sentido (passo a redundância).
Está-se a criar um fosso de tal ordem, que daqui a uns anos a chamada Classe
Média são os que recebem 500 euros por mês. Ou seja, não haverá Classe Média,
mas sim muito pobres, pobres, ricos e muito ricos. Benvindos à realidade da
Direita. Mas não se enganem, que isto não é culpa da Direita ou da Esquerda ou
dos “ambidestros”: isto é culpa de todos nós, cidadãos de Portugal, que votámos
neles. Sem o nosso precioso voto e cheio de consciência, eles nunca teriam ido
lá parar. A isto chama-se Democracia, aquilo pelo que as gerações ostracizadas
pela Ditadura tanto lutaram para conseguir.
Olhem para o Parlamento e para os
diferentes líderes partidários, e pensem quem é que poderá dar outro rumo a
isto e vão chegar à mesma conclusão que eu: ninguém. Digo mais até, nenhum de
nós é capaz de o fazer, nem eles que lá estão, nem eu, nem o vizinho. A
desgraça portuguesa começa desde muito cedo, sem nós percebermos, no nosso
dia-a-dia: o fulano que em vez de travar no sinal laranja, acelera e passa já
no vermelho; o fulano que não respeita a ordem de uma qualquer fila de
atendimento e passa à frente dos outros; o fulano que tem uma empresa de
milhares e não declara os rendimentos para, obviamente, não pagar mais de
imposto; o fulano que sendo filho desses empresários que não declaram, ainda
recorrem a bolsas escolares, como se de gente pobre se tratasse; o fulano que
sendo patrão usa e abusa do cenário de crise, para intimidar o funcionário e
mantê-lo na precariedade; enfim, no fulano “Chico-esperto”, que tanto ouvimos
falar e que cada vez há mais. Agora imaginem se nós, enquanto normais cidadãos,
fazemos isto, o que não farão os que têm poder para controlar um pais inteiro.
Pois, é mesmo isso. Pior do que não haver dinheiro em Portugal, é não haver
consciência cívica entre todos nós. No fundo, políticos todos somos no nosso
quotidiano.
Agora, preocupa-me muito a crise
financeira e económica, mas pior do que isso, para mim, é a calamidade social a
que estamos a assistir. O dinheiro não desaparece, ele apenas é mal distribuído
e algum dia ele terá que voltar a ser distribuído por todos. Mas os valores cívicos
e sociais que qualquer Nação deverá ter, esses podem desaparecer e nunca mais
voltar. No nosso caso, esses valores estão a ser já completamente deturpados e
mais tarde ou mais cedo desaparecerão.
Somos, neste momento, um povo revoltado e eu estou, de igual modo,
revoltado. A questão é que pode ser tarde. É preciso agir e levar isto para
outro rumo, diferente daquele que temos tomado desde há 20 anos. O problema é
que não sei quem o poderá fazer: talvez todos nós.
Nota final: Agora assinava só com o meu primeiro nome “José”.
Pronto uma piadita... agora vou ver a Gabriela, que deixei a gravar.
Sleepyhead.
A fofinha da nossa sociedade só se vai mexer quando não tiver tremoços e cerveja em casa. aí sim revolução xxxxxx
ResponderEliminarAprovo esta mensagem =). Muito bem dito. Concordo contigo quando dizes, quem é que pode corrigir toda a merda que se passa no nosso país. Serão os da Esquerda? Pah, não sei, sei que o povo português tem que dar uma grande volta no nosso governo. Quem sabe se o Bloco de Esquerda, não terá mais sorte? São todos uns vigaristas? Isso não sei, se são todos os chamados Chico Esperto, isso já acredito. Boa, Sleepyhead.
ResponderEliminarJosé mostra a sua revolta !
ResponderEliminarQueres isto?
https://www.youtube.com/watch?v=lNt7zc6ouco&feature=player_embedded
Eu tb!
Ás armas! ás armas!
ResponderEliminarPela páaatria lutarrrrr...
Contra a falta de valores cívicos, a injustiça, os chicos espertos
E na Gabriela...MARCHAR MARCHAR!!!!
José amigo o povo está contigo!
Primo da beta, aos poucos estás a tomar conta do meu blogue. As pessoas vão começar a vir aqui apenas para ler os teus comentários.
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